segunda-feira, 27 de junho de 2011

MÁRIO QUINTANA


Sibito do meu quintal, descansando no pé de maracujá
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti.
Mario Quintana
Post original do site: www.viladoartesao.com.br

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