sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

POST ESTRANHO

Escrevi esse post nos rascunhos no dia 17jan2012-11h45.
(Tenho a confusa impressão de tê-lo escrito agorinha mesmo-03fev2012-14h45) 
Nele eu dizia: 
Desde 12jan2012 eu e C estamos menos barulhentos.
O seu silêncio me diz tudo.
E não é nenhuma novidade.
Acho que eu só estava tentando ver se era possível ouvir outra coisa.
Se ainda há algo pra ser pensado, decidido, mudado, é porque nada será pensado, decidido, nem mudado.
Não se escolhe esse ou aquele alguém. Você deseja ficar com a pessoa e fica.

E o que dizer das afinidades, coincidências, momentos bons e tantas outras coisas sem as quais não queremos viver??? Era só os deuses brincando.

Se temos tudo o que 2 pessoas precisam pra ficarem juntas e não permanecemos, não há o que ser pensado, decidido, nem mudado. Não estamos porque não estamos.
O q sentimos está em nós e o que está em nós não precisamos ir lá fora procurar explicações por uma semana ou mais.
Se alguém precisa pensar, decidir estar comigo... thank you very much.
Ou deveria aceitar mesmo assim? Em nome do filho, da boa convivência?
Ah, me desculpe. Já fizemos isso. E é muito bom... enquanto dura. Mas, tem prazo de validade. E não é até que algo ruim aconteça. É até que eu abra os olhos e olhe.
Sim, temos mais do que a maioria dos casais teem. Só que não tá funcionando permanentemente. E o temporário vai nos levar de volta pra esse hoje.
Então, qual seria o sentido de um adiamento?
e como viver bem sabendo estar caminhando de volta pra esse hoje?

Novamente, sinto o gosto amargo da desesperança.
Não estou desesperada. Estou sem esperança. O gosto disso não é bom. É insosso, morno, dá ânsia de vômito.
Ainda que eu pudesse ficar bem quietinha esperando essa onda mais agitada passar...
Como?
Tem menino, tem bonecas, ter Liturgia, tem familiares, tem a casa, tem os amigos.
Tudo pede que eu me mexa o tempo todo.
Nessas horas tudo é pesado, grande, intenso e sem luz direta.
Tenho que aparentar uma graça que não sinto.
Ninguém quer saber se estou sem graça.
O mundo não para porque eu não quero me mexer.

Não quero mais ouvir C falar de nada. Não sou de ferro. Não aguento mais suas dúvidas, seus porquês, suas certezas incertas, suas incertezas certas, suas decisões indecisas.
Por que ele diz que faz tudo por mim, por minha causa? É pra que eu seja responsável pelas decisões indecisas?!
Não se caminha pra onde se quer com pés alheios.

Terei que reaprender a viver mal?
Conseguirei reaprender a viver mal?
Como sou reincidente, deveria saber passar dessa fase rapidinho?
Quem REcolocou esse dvd, apertou o play e ainda deixou no autoreverso?

Viver com quem não se confia é dormir com o inimigo. Você não sabe o que ele faz, o que pensa, se está à seu favor ou contra, se seu tapete vai ser puxado agora ou quando.
Como é que se dorme com o inimigo? Como os peixes?! Como os vigias?! Como???

PS. Dá a impressão que poderia ter sido escrito ontem, hoje ou amanhã.




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